Museu do Ipiranga: O mais antigo de São Paulo e marco da Independência do Brasil

O Museu do Ipiranga é o mais antigo de São Paulo. Depois de uma reforma que começou em 2013, mantendo o local fechado por 9 anos, o Museu da Independência, como também é conhecido, será reaberto no dia 6 de setembro, um dia antes das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, que acontecerão em 7 de setembro de 2022.

Nesse post, além de lembrarmos uma data tão importante para a história do Brasil, damos uma dica de um passeio obrigatório para quem visita São Paulo, e que fica muito próximo do EZ Hotel, onde fica o EZ coworking , e que também é uma excelente opção para alguns momentos de relaxamento para os coworkers que moram em São Paulo e querem dar um tempo do home office, ou procuram um local bonito para superar um bloqueio criativo.

Onde fica o Museu do Ipiranga

O Museu do Ipiranga fica na Rua dos Patriotas, 20 na Vila Monumento, um trajeto de menos de 15 minutos de carro, ou 20 de bicicleta, do EZ Coworking, e muito à mão para quem está na região da Avenida Paulista, Paraíso, Vila Mariana e Aclimação.

A História do Museu do Ipiranga

Oficialmente chamado de Museu Paulista da Universidade de São Paulo, ele foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 com o nome de Museu de História Natural, sendo vinculado à USP desde 1963.

O Museu do Ipiranga guarda uma série de obras de relevância histórica sobre o período e o processo de independência do Brasil, inclusive o célebre quadro de Pedro Américo Independência ou Morte, de 1888, uma representação artística que acabou se tornando a imagem que vêm à mente de todos sobre o grito de independência dado por Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822, às margens do córrego do Ipiranga.

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Independência ou Morte, pintura a á óleo de Pedro Américo. Original está no Museu do Ipiranga. Foto de Hélio Nobre / Divulgação Museu da USP

Mais de 70 anos separam a declaração de independência da inauguração do Museu, por diversas razões. A primeira é que o próprio Dom Pedro I não deixou muitos registros sobre o local do Grito do Ipiranga, e foi somente em 1823, na Assembleia Constituinte que redigiu a primeira carta magna brasileira, que se cogitou a construção de um monumento. A própria transformação do 7 de Setembro em festividade nacional só ocorreu em 1826.

A decisão de finalmente construir o Museu do Ipiranga só aconteceu entre 1885, quando, sob a pressão abolicionista e republicana, o Brasil Império dava seus últimos suspiros. O projeto do foi feito pelo arquiteto Italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi, e o Museu da Independência foi finalmente inaugurado em 15 de Novembro de 1890, marcando o primeiro aniversário da Proclamação da República, com Dom Pedro II já exilado em Paris.

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O Museu do Ipiranga recém inaugurado, no Início do Século XX. Imagens do Acervo do Museu da USP

O que ver no Museu do Ipiranga

O acervo do museu inclui esculturas, quadros, joias, moedas medalhas e utensílios de bandeirantes e índios, e é muito focado na história dos primeiros, e em como se aventuraram no interior do Brasil nos séculos XVI e XVII, quando o Brasil ainda era uma colônia portuguesa, e tornaram parte do pais territórios que antes pertenciam à Espanha, pelo Tratado de Tordesilhas.

Escadaria do Museu do Ipiranga representa o Rio Tietê

O Rio Tietê hoje é lembrado como uma parte mais problemática da paisagem urbana de São Paulo, pela questão ambiental. Mas o museu relembra que foi navegando esse rio, ou o margeando a pé, para se proteger dos ataques, que os bandeirantes chegaram aos pontos mais distantes do que viria a ser o Brasil que conhecemos hoje, percorrendo milhares de quilômetros.

Por isso, nos corrimões das escadarias estão esferas com águas de todos os rios que eles atingiram, como o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Uruguai e até o Rio Amazonas.

No Salão principal, ao lado da estátua de Dom Pedro I, homenageado como herói da independência, estão estátuas de dois dos principais bandeirantes, Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias, que não por acaso, batizam duas importantes rodovias.

Escadas do Museu do Ipiranga,. Esferas contém às águas dos principais rios desbravados pelos bandeirantes. Hélio Nobre/Divulgação Museu da USP

Parque da Independência

O Museu do Ipiranga sem dúvida vale a visita, ainda mais agora, depois de 9 anos fechado para reformas, mas se você quiser simplesmente passar algumas horas em um ambiente agradável ao ar livre, o Parque da Independência, onde museu está, também vale a visita, já que, além do próprio Museu, abriga o Monumento à independência e a Casa do Grito.

O parque da Independência, que abre todos os dias das 5h às 20h tem um jardim belíssimo, em estilo francês, que vale a visita e onde se pode passar muitos momentos agradáveis, para se desanuviar a mente.

A Casa do Grito é uma construção histórica, em pau a pique, tombada pelo patrimônio histórico. A casa provavelmente servia de hospedaria, ou entreposto, para quem viajava de São Paulo ao litoral na época do Brasil Colônia. A viagem, que hoje pode ser feita em cerca de 1 hora pelas Rodovias do Imigrantes e Anchieta, na época era uma expedição demorada e perigosa.

A principal razão de sua importância é que a Casa do Grito provavelmente é a casa retratada no quadro Independência ou Morte, sobre o qual já falamos. Ela, inclusive, passou por pequenas reformas para se tornar mais parecida com a maneira que Pedro Américo, com sua liberdade artística, a pintou.

O Monumento à Independência, foi inaugurado em 1922, no primeiro centenário da Independência. De autoria do escultor Ettrore Ximenes e do arquiteto Manfredo Manfredi, ambos italianos, é feito de granito e bronze, com diversas estátuas que representam momentos e personagens importantes na luta pela independência, como a Inconfidência Mineira e José Bonifácio, o Patriarca da Independência.

Sob o Monumento, está a Cripta Imperial,  onde estão os restos mortais do Imperador Dom Pedro I, da sua primeira esposa, a Imperatriz Leopoldina e da segunda esposa, Dona Amélia de Leuchtenberg.

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O Parque da Independência,, onde fica o Museu do Ipiranga – Foto de Hélio Nobre – Divulgação Museu da USP

Foto da capa: José Rosael / Divulgação Museu da USP

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